Tuesday, January 4, 2011

OS NOMES DA MODA: MARC JACOBS

Voltando as atividades e com novos projetos para 2011 resolvi explorar um pouco mais sobre o mundo de quem faz a moda, até porque nós homens não queremos só saber como se vestir, mas também queremos saber um pouco sobre quem está nos vestindo, correto?
Para começar a nova tag eu escolhi abordar um pouco (bem pouco mesmo) sobre o começo do meu estilista e ícone de estilo favorito, Marc Jacobs.



Marc J. é graduado pela Escola de Arte e Estilo de Nova Iorque em 1981, tornou-se conhecido no mundo fashion no final dos anos 80, ao desenhar e apresentar uma coleção em estilo “grunge” , que ficou bastante famoso entre os adolescentes dos anos 90. O estilo era baseada no novo tipo de som e indumentária que vinha da cidade de Seattle, na costa-oeste, onde grupos de rock como Nirvana e Soundgarden e meninos com bermudas até o meio dos joelhos revolucionavam os costumes locais e os difundiam para todo o país e para o mundo.
A ousadia lhe custou o emprego, ao apresentar a coleção para a tradicional e luxuosa marca Perry Ellis, da qual era diretor de estilo, foi imediatamente demitido.

Já a marca Louis Vuitton, viu a ousadia de Marc Jacobs uma oportunidade de modernizar seus produtos. Louis Vuitton era uma marca que possuía um certo ar decadente, sua imagem tinha sido a de Palm Beach, referindo-se a este ar decadente, muito associado às socialites emergentes de Miami.

Quando Jacobs assumiu o cargo de diretor artístico da grife, em 1997, quando todos acreditavam na associação improvável, a ousadia de Jacobs foi canalizada para multiplicar os lucros transformando a marca em em uma marca de moda.

Em 98, Vuitton fez sua primeira linha de roupas e o primeiro desfile na coleção de Paris. As roupas eram uma forma de criar uma nova imagem, e a partir de então os produtos Louis Vuitton foram renovados. Seus produtos se tornaram verdadeiros ícones da moda e objetos de desejo – um grande exemplo disto é a famosa e tradicional estampa de bolsas e acessórios , o monograma LV, que ganhou uma versão colorida em 2003 a partir do convite feito por Marc Jacobs ao artista plástico japonês Takashi Murakami para renovar as bolsas da marca. As bolsas brancas com o monograma colorido venderam, naquele ano, 300 milhões de dólares, estão entre as mais procuradas nas lojas até hoje.

Além de ser o nome à frente do setor de criações da Luis Vuitton, Marc Jacobs possui sua própria grife, extremamente popular, que leva o seu nome e já possui mais de 100 lojas mundo afora, inclusive aqui no Brasil.

É conhecido como um estilista que não segue as tendências universais da moda. Esta sua ousaria e até mesmo irreverência, com um pouco de rebeldia, fazem com que o estilista seja extremamente inovador e esse é o seu grande diferencial.

No ano passado a ELLE Brasil publicou no seu site um pequeno bate bola com o estilista falando sobre suas inspirações e o que o deixa feliz. Dá uma olhada no que ele revelou para a mag:

ELLE: Livro de cabeceira
MJ: O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald.

ELLE: Nomes especiais
MJ: Depois de Daisy, que era o símbolo da candura, decidi usar outro nome feminino para o meu novo perfume. Lola era o nome perfeito. A pronúncia já é sedutora – adoro como se mexem os lábios quando dizemos Lola. E muitas Lolas passaram pela minha vida.

ELLE: Paixão roqueira
MJ: Rock e moda se completam. Sou apaixonado pelo Sonic Youth desde a adolescência. Eu e Kim Gordon (baixista e vocalista da banda) viramos grandes amigos. O Sonic, os Rolling Stones e o Nirvana são minhas bandas preferidas.

ELLE: Dançar é preciso
MJ:
Comecei a frequentar discotecas aos 15 anos. Não se tratava somente de dançar ou como se vestir: nós nos sentíamos uma família. Passei noites inteiras no Studio 54. Também ia ao Mudd Club, ao Bowery Ballroom e à Danceteria, em que se reuniam as cabeças mais criativas de Nova York.

ELLE: A cidade
MJ:
Nova York. É onde nasci e cresci e ela me surpreende sempre. Passo também boa parte do tempo em Paris. Adoro passear no parque com os meus cachorros.

ELLE: Viver com arte
MJ:
Sempre me inspirei em Marcel Duchamp, com seu traço irônico e zombador. A seu modo, ele era um punk. Coleciono obras de Ed Ruscha, Karen Kilimnik, Richard Prince, Elizabeth Peyton, Damien Hirst e David Hockney. Tenho também uma escultura de ovelha de Claude Lalanne. Amo os surrealistas.

ELLE: A coleção do coração
MJ:
Eu me identifico com a coleção grunge. Quando a desenhei para Perry Ellis, em 1992, o movimento estava nascendo. Havia uma grande vitalidade no mundo musical e nas artes visuais graças ao Nirvana, a Corinne Day (fotógrafa), a Kate Moss, aos cenários de Seattle e ao filme Vida de Solteiro. Foi um momento crucial para a moda. Após o extremo glamour dos anos 1980, era reanimador revelar a beleza de um estilo fresco, imperfeito.

ELLE: Conforto fashion
MJ:
Vestir um kilt (um saiote masculino escocês) da Comme des Garçons. Eu uso o meu já faz um ano. É um uniforme.

ELLE: Tatuagens
MJ:
Eu tenho muitas, e todas feitas por Scott Campbell. Acho que a minha preferida é uma no quadril: um sofá dos anos 1950, criado por um amigo designer.

ELLE: As palavras mágicas
MJ:
I Love you. E palavras carinhosas em geral, que exprimam felicidade. Sou muito sensível em relação a esse tema.

Como dito anteriormente essa foi uma entrevista dada para a Elle Brasil, publicada em seu site.
Agora falamos um pouco sobre a moda de Marc, confira os meus looks favoritos do seu último desfile na semana de moda de NY. Coleção Spring Summer 2011.




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